blogue da disciplina de Psicologia Social da FLUP

sábado, 22 de dezembro de 2007

Identidade de Género - Transexualidade


Transamérica é a história de um transexual masculino chamado Bree que, uma semana antes de fazer a cirurgia definitiva para mudar de sexo, descobre ter um filho de 17 que precisa de ajuda. A sua psicóloga proíbe que ela se submeta à cirurgia sem resolver esse asssunto, por isso Bree viaja até Nova Iorque para encontrar o filho. Num autêntico road movie, Bree e o filho iniciam a viagem de volta para São Francisco e, no caminho, muita coisa acontece.
O filme Transamérica remete para um tema abordado nas aulas de Psicologia Social: a Identidade de Género.
A transexualidade é um dos distúrbios da identidade de género e que gera bastante polémica, discriminação e criação de estereótipos relativamente aos transgéneros.
A transexualidade existe quando um indivíduo não se identifica com o seu sexo biológico; não é uma orientação sexual, mas sim uma questão de identidade de género. O indivíduo não sente pertencer ao sexo que lhe foi atribuído.
Este filme retrata a vida de um transexual e das dificuldades sentidas por ele, dos processos pelos quais os transgéneros passam para afirmar a sua verdadeira identidade e os preconceitos da sociedade relativamente a eles.
Esta é uma questão que suscita vários problemas, nomeadamente a desintegração destes indivíduos na sociedade, o que os leva a manifestarem em apelo dos seus direitos como indivíduos.

terça-feira, 18 de dezembro de 2007

Violência entre os jovens

Jovens violentos

A violência dos jovens compreende-se a partir da biografia do sujeito em discussão. A violência, na maior parte das vezes resulta de uma educação violenta; essas crianças são negligenciadas, abusadas ou maltratadas e sofrem punições disciplinares humilhantes e/ou violentas. Esta situação vai causar na vida desses jovens uma constante raiva, frustração e leva-os mesmo a cometer actos de delinquência.

Bullying

Entende-se por bullying todos os actos de violência física e psicológica, frequentemente praticados por um grupo de indivíduos, têm como principal objectivo intimidar ou agredir outro indivíduo.
Existem dois tipos de bullying, o directo e o indirecto; sendo o directo o mais comum e normalmente mais praticado pelo sexo masculino direccionado para a violência física, quanto ao indirecto é frequentemente praticado pelo sexo feminino e exerce-se mais a nível psicológico.
Estes actos discriminatórios podem provocar nas vítimas uma atitude de revolta, e consequentemente tornam-se eles próprios agressor. Cometem mesmo actos impensados e de graves consequências, nomeadamente, massacres nas escolas com o objectivo de se vingarem e de “descarregarem” a sua raiva. Podemos tomar como exemplo o massacre no Instituto Columbine nos Estados Unidos da América, em que dois jovens com idades entre os 17 e os 18 anos assassinaram treze pessoas, no dia 20 de Abril de 1999.

http://www.youtube.com/watch?v=0StFEhsfRP0

Andreia Costa, Clãudia Pinho, Gabriela Teixeira e Joana Amorim

segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

Construção da identidade na adolescência

A adolescência é uma fase importante no processo de reafirmação da identidade pessoal, da identidade psicossocial e da identidade sexual. Erikson diz-nos que o sentimento de identidade é o sentimento interior de ser o mesmo ao longo da vida, trespassando mutações pessoais e eventualidades distintas. Os adolescentes vão, através de uma crise potenciadora de energias, confrontar-se com esta problemática identitária. É também com uma certa desorientação entre progressos, dúvidas e retrocessos que se fazem importantes experimentações de confirmação do ego, na construção de identidade. Para além de uma certa confusão pela qual quase todos passam, existem por vezes situações (que também podem ser passageiras), como confusões criticas de identidade, adolescências demoradas e continuadas, interdições e perturbação de valores.
Cada um de nós constrói o seu “eu” através das interacções relacionais, reais e idealizadas. A identidade constrói-se nas experiências vividas através de um perspicaz jogo de identificações. Se na infância os nossos modelos identificatórios são os pais, na adolescência vão ser os jovens da mesma idade e os grupos de pares. As relações com os pais têm que mudar para que os adolescentes possam ascender a ideias e afectos próprios. A amizade é muito remetida ao nível dos afectos. O melhor amigo do mesmo sexo é normalmente alguém com quem se partilham grandes excitações, como um espelho estruturante onde o adolescente se reconhece reflectido, onde se vê crescer. O grupo de pares pode ter como função apresentar modelos de identificação positiva para o adolescente. Erikson refere a certeza que o grupo pode trazer às incertezas do adolescente. No entanto, pode apresentar alguns riscos negativos, sobretudo quando a relação com o grupo é de grande dependência.
Numa época da vida em que se buscam outros universos para além dos familiares e em que as figuras parentais são tanto mais importantes quanto têm que ser reelaboradas as relações pais-filhos e com as quais há muitas vezes conflitos, existe a necessidade de outros adultos significativos. A construção da identidade passa por um processo de identificação e por um processo de diferenciação. Neste universo interactivo, numa cultura jovem, constroem-se certos estereótipos grupais e sociais. Os heróis têm, no procedimento de identificação de alguns adolescentes, um papel proeminente, oferecendo imagens válidas, cultivadas colectivamente. No final da adolescência o jovem obtém uma identidade cumprida, isto é, ele será capaz de sentir uma sequência interior e um seguimento do que ele significa para as outras pessoas.
Cada sociedade e cada cultura institucionalizam uma certa prorrogação para a maioria dos seus jovens. As instituições sociais amparam o vigor e a distinção da identidade funcional nascente, oferecendo aos que ainda estão aprender e experimentar um certo status da aprendizagem prolongada, caracterizada por obrigações definitivas e disputas promulgadas, assim como por uma tolerância especial.




Ana Leite;Catarina Ramos;Diana Alves;Inês Diaz

quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

identidade feminina

No contexto dos temas dos trabalhos indicados, consideramos interessante mostrar como esta se forma....
O conceito de identidade é muito complexo e alvo de várias discussões ao longo dos anos, pois tem-se verificado alterações extremas das categorias com que a mulher se identifica.
As mudanças ocorridas na sociedade como por exemplo, os movimentos feministas, as revoluções políticas e económicas contribuíram para que o papel que a mulher desempenha na sociedade fosse completamente modificado. Antigamente via-se a mulher como a dona-de-casa,que cuida dos filhos, submissa ao marido mantendo-lhe respeito e lutando pela felicidade da família esquecendo por vezes a sua própria felicidade.
Hoje em dia, a mulher é o oposto, vive para ser independente, procurando conjugar uma carreira profissional cada vez mais qualificada com a vida familiar. contudo, a mulher "moderna" não sente esta tarefa como uma obrigação e algo que está predestinada a fazer, desta forma, exige ser socialmente reconhecida e valorizada pelo esforço que faz. É uma mulher mais ousada e auto-confiante procurando a sua própria felicidade.
Todavia ainda hoje se verifica que a mulher ainda procura a sua afirmação sobretudo pela diferenciação ao homem que muitas vezes ainda a discrimina.
Apesar disso, para a emancipação da mulher muito contribuo a globalização e abertura a novas culturas e todos os seus movimentos de afiafirmação.
Afinal de contas a mulher é tanto ou mais que o homem!!!!!!!

quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

os transgêneros

Transgênero é um termo abrangente que inclui qualquer pessoa que expressa as suas caracteristicas de gênero (identidade e papel) de uma forma que não corresponde às caracteristicas comunmente associadas ao sexo biológico desta pessoa. Transgênero não é uma orientação sexual.
Transexual é um termo médico que descreve pessoas cuja identidade de gênero e sexo biológico não combinam e que, frequentemente, procuram tratamento médico com o objectivo de alinhar o seu sexo biológico e a sua identidade de gênero.

Os ídolos

Durante a importante fase de afirmação de uma identidade própria, é comum o adolescente ter os chamados “ídolos”. Nesta fase o adolescente apresenta uma certa instabilidade e vulnerabilidade, estando em mutação física e psicológica, o que explica as funções sociais e psíquicas dos ídolos sobre os jovens, na medida em que, eles “se mostram morbidamente, por vezes curiosamente, quase sempre, preocupados com o que possam parecer aos olhos dos outros, em comparação com o que eles próprios julgam ser, e com a questão de como associar os papéis e aptidões cultivados anteriormente aos protótipos ideais do dia” (Erikson, 1976, p. 129). Podemos assim, dizer que o impacto da puberdade no adolescente será influenciado pela transmissão ténue destes padrões através da família, colegas e da sociedade. Partindo deste pressuposto, o adolescente não é criança, mas também não é adulto, e desse contraste resulta uma tomada de consciência de si mesmo e dos outros, o que resulta na já anteriormente referida tentativa de recusa de uma identidade anterior e infantil, rejeitando assim os modelos da infância – pais – e partindo à procura de novos modelos. O adolescente passa a personificar nos seus ídolos as figuras dos adultos ideais, papel que os pais nesta altura não conseguem desempenhar. São as características comportamentais, físicas e ideológicas destes adultos ideais, que o adolescente vai tentar integrar nesta sua nova identidade.

terça-feira, 11 de dezembro de 2007

Novas formas de trabalho - Teletrabalho - Identidades Profissionais

Uma das novas formas de trabalho de que mais se fala hoje em dia, nomeadamente nos países mais desenvolvidos, é o teletrabalho.
Na realidade portuguesa, teletrabalho confunde-se com trabalho no domicílio. No Código do Trabalho considera-se Teletrabalho a “prestação laboral realizada com subordinação jurídica, habitualmente fora da empresa do empregador, e através do recurso a tecnologias de informação e de comunicação” (artº 233º Código do Trabalho).
Esta nova forma de trabalho, implicará novas relações entre trabalhadores e entre trabalhador e empregador. Se por um lado conseguimos pensar em algumas vantagens que daí poderão advir, por outro serão muitos os constrangimentos, alguns deles pouco visíveis, com os quais seremos confrontados.
A propósito do tema escolhido para desenvolvermos o nosso trabalho prático de psicologia social – identidades profissionais – cruzamo-nos com alguns estudos sobre o desemprego e as suas consequências para o indivíduo. Identificámos funções manifestas e funções latentes do trabalho. Na nossa questão referimo-nos particularmente às funções latentes, nomeadamente as enunciadas por Jahoda (1982), cujo trabalho acerca do impacto do desemprego no indivíduo, é um contributo importante para a compreensão do significado do trabalho nas sociedades modernas, que seguidamente expomos:
- Proporciona contacto regular com outras pessoas para além do círculo restrito da família;
- Ligação a um conjunto de objectivos e propósitos colectivos mais amplos que os da esfera pessoal do individuo;
- Acesso a estatuto social e identidade;
- Estimulo para actividade assertiva, organizada e orientada;
- Estruturação/organização do tempo diário, semanal e anual
Para esta autora, através do emprego as pessoas são capazes de se identificar num mais amplo esquema das coisas, adquirir um sentido mais objectivo das suas ambições, ter a possibilidade de experimentar atitudes de direcção e de organização de actividades e viver uma vida mais segura e mais estruturada.
Foi exactamente ao lermos este estudo que nos questionamos, admitindo que estas funções se mantêm ainda perfeitamente actuais, se o teletrabalho será capaz de as satisfazer, tendo em conta que o perigo de isolamento social, o desaparecimento do trabalho em equipa e a debilidade da solidariedade entre trabalhadores e sua associação sindical, estão identificados como factores problemáticos deste novo tipo de relação laboral.

sexta-feira, 7 de dezembro de 2007

Identidade antes e depois da morte

Aquando a decisão acerca da temática pela qual iamos trabalhar, de imediato uma ideia surgiu no nosso pensamento. Aperceber a diferença de tratamento entre as identidades e estatutos sociais em vida e posteriormente ao findar da mesma.
Com efeito, é por demais sabido por parte da Sociedade, que antes de alguem morrer essa pessoa é tratada como alguem perfeitamente comum. De facto, será por ventura nessa fase que somos vistos realmente por aquilo que somos e pelas nossas acções, sendo responsabilizados e valorizados pelas ditas acções. Também aí, conhecemos o surgimento de detractores e inimigos da nossa pessoa/trabalho, o que nos indicia a dimensão humana que temos. No entanto, aquando o terminus da vida terrena de alguem, dá-se um fenomeno de endeusamento pessoal e até de um perdão, esquecendo todo o passado, positivo ou não, e limitando-o a um mero «Vai deixar saudades». Tal é um reflexo da misteriosidade e mesmo receio com que o senso comum lida com a morte, e aquilo que advém da mesma. Mesmo não tendo a certeza com o que acontece depois da morte, todos idealizamos ser algo pior do que estar vivo.
Para ilustrar esta nossa opinião, é possivel expôr 3 exemplos disso mesmo. Tais histórias de vida, são por demais conhecidas pela generalidade da Sociedade.
Começamos pelo ex-Campeão do Mundo de Fórmula 1, o Brasileiro Ayrton Senna. De facto, sendo um piloto conhecido pelas suas boas prestações que o levaram à conquista de 3 Títulos Mundiais, Senna torna-se conhecido por todos devido ao facto de, tragicamente, ter falecido em prova, num acidente fortissimo a 300km/h, na pista de Imola, em S. Marino. A partir desse momento, deu-se a sua glorificação, sendo por vezes esquecidos os seus defeitos e enaltecidas algumas caracteristicas que o próprio não possuía.
Outro exemplo, já este ligado ao âmbito da política, é o de António Sousa Franco. Este ex-Ministro das Finanças de António Guterres, e Professor Universitário, morreu durante a campanha eleitoral, quando encabeçava a lista do seu Partido (Partido Socialista, aínda que fosse independente) às eleições Europeias. A partir daí, o outrora «Pai do défice», tornava-se um exímio político de boa memória para o País.
Por fim, mais um exemplo desportivo, embora em menor escala, que foi a trágica morte de Miklos Fehér, futebolista do Sport Lisboa e Benfica, em pleno terreno de jogo. Embora não fosse um jogador muito amado pela massa associativa, também pouco utilizado pelo seu técnico, após o seu triste desfecho passou a ser um mito idolotrado por todos os Benfiquistas. Sabendo que existiam rumores que o jogador iria mudar-se para o Boavista FC na reabertura do mercado, a sua morte veio mais uma vez provar que apesar de ser um jogador de segunda linha, é agora um ídolo póstumo nas hostes encarnadas e até multiclubisticas.
Todos os exemplos revistos, demonstram então, que uma trágica morte provoca uma reacção sentida, e a população adora aclamar aqueles que perecem perante os factores mais inesperados, passando muitas das vezes, alguem de besta a bestial, num acto tão rápido e momentâneo como o ultimo sopro da sua vida.
Este comportamento humano é conhecido desde que é reconhecida inteligencia à Humanidade. Será que estes sentimentos se manterão nas gerações vindouras, e mesmo quando se descobrir o que há para além da morte?

Aníbal Silva
Jaime Moreira
Jorge Coelho