blogue da disciplina de Psicologia Social da FLUP

sábado, 21 de novembro de 2009

ESTUDO: TECNOLOGIA NÃO ISOLA AS PESSOAS

"Ao contrário do que habitualmente se diz, a Internet e os telemóveis não isolam as pessoas. Pelo contrário, reforçam a vida social. A conclusão é de uma pesquisa norte-americana, avançada pela agência «Reuters».
A pesquisa foi motivada por um estudo publicado por sociólogos dos Estados Unidos em 2006, segundo o qual a tecnologia reforçava uma tendência vista desde 1985, a de um maior isolamento social para os norte-americanos, com redução de redes sociais e da diversidade de seus contactos.
Porém, o estudo conduzido pelo «Pew Internet and American Life Project», com o nome «Isolamento Social e a Nova Tecnologia», constatou que o uso da Internet e dos telemóveis está na verdade associado a redes sociais maiores e mais diversificadas.
A pesquisa verificou, porém, que as «redes de discussão» das pessoas reduziram em cerca de um terço, nos últimos 25 anos. As pessoas que usam telemóveis e realizam várias actividades na Internet, estão associadas a redes de discussão primárias maiores e mais diversificadas."



http://diario.iol.pt/noticias/INTERNET/2

4 comentários:

Bárbara Parente disse...

Achei interessante este artigo, pois ao contário do que se diz e do que se pensa habitualmente 'a tecnologia não isola as pessoas'. Temos a noção, enquanto sociedade, que as novas tecnologias não servem para o nosso desenvolvimento social.Isto é, temos a imagem de uma pessoa centrada só no seu aparelho electrónico - computador, telemóvel, etc... - (vida virtual) e alheio ao que se passa em seu redor (vida real).
Este artigo mostra precisamente o contrário, pois é possível conciliar as 'duas vidas' e alastrar a rede social de conhecimentos, quer virtuais, quer reais.

Patricia Marques e Ana Inês Queiroz disse...

Eu concordo com o este estudo e acho que este artigo está bastante interessante, pois segundo a minha opinião e penso que de muita gente também, a internet e outros meios de comunicação são hoje imprescindiveis. A contrário do que muitos pensam eles facilitam contactos e são os principais responsáveis por muitas amizades que surgem entre os vários cidadãos do mundo inteiro. Como diz o especialista em isolamento de pessoas, António Coimbra de Matos "Hoje é rara a pessoa que não tem um ou mais amigos á distancia".

Duarte Monteiro Matos disse...

O artigo é deveras interessante.No entanto deixa-me uma dúvida,pela mesma razão que permite a muitas pessoas contactar com redes sociais enormes, não irá diminuir também o contacto frente a frente, olhos nos olhos? Não será também este tipo de contacto senão mais importante para a socialização dos indivíduos?
comentário feito por Armando Manuel Domingues Pinto

Gonçalo Marques disse...

É um estudo interessante, pois derruba algumas ideias pré-concebidas sobre as novas tecnologias. Se por um lado é dada a ideia de que o indivíduo fecha-se em si próprio, não havendo qualquer tipo de contacto com o mundo exterior aquando do uso dessas tecnologias, por outro lado deve-se ter em conta que no próprio mundo tecnológico existem diversas possibilidades de interacção, nomeadamente de carácter mediado, com elevada carga simbólica, mas que no entanto poderão servir, a meu ver, como um estímulo aos indivíduos para que estes interajam no mundo real. Tomo como exemplo o caso de alguns movimentos sociais, que apenas têm uma projecção inicial via Internet e redes de discussão, mas que com a devida adesão podem ser transportados para o exterior. Por outro lado, é a questão já referida em sala de aula, de indivíduos com falta de confiança para a interacção face-a-face e que, com o auxílio à interacção mediada, poderão ganhar a confiança necessária para impulsionar a interacção face-a-face.