blogue da disciplina de Psicologia Social da FLUP

sábado, 12 de dezembro de 2009

Cyberbullying

Cyberbullying "é o tipo de agressão aplicada discursivamente via meios de comunicação virtual", como o Orkut, Facebook, MySpace entre outros meios de comunicação que permitam a comunicação entre usuários.

O cyberbullying acontece por via da linguagem que se torna uma arma agressiva. É como um comportamento físico perante outra pessoa.
 
...os comportamentos humanos não se explicam, cada um de nós apresenta um determinado papel distinto na sociedade que compromete um comportamento diferente. Encontramo-nos sujeitos a teorias cognitivas – mecanismos interiores ao sujeito que condicionam a nossa resposta – e a estados de dissonância cognitiva – mudança no comportamento. Mudança de comportamento que provém das expectativas que criamos individualmente ou através de influências sociais. E como é de prever cada pessoa apresenta mecanismos interiores únicos que conferem respostas únicas e consequentemente diferentes umas das outras. Muitas vezes são essas respostas diferentes que fazem com que as pessoas não acordem em determinado assunto e uma das respostas a esse “não acordo” pode ser, por vezes, atitudes como o cyberbullying.

 - Cyberbullying é agressão e crime, de tal modo que merece punição por parte de quem o comete.

"
A prevenção começa pelo conhecimento; portanto, é imprescindível conscientizar os alunos sobre todos os tipos de crimes que o bullying envolve e para o fato de que o anonimato e a menoridade não os isentarão das punições previstas em lei."

  • http://www.dm.com.br/materias/show/t/os_danos_do_ciberbullying



Howard Rheingold - A Comunidade Virtual



Publicado por editora Gradiva Publicações

Colecção Ciência Aberta

ISBN: 9789726624448







Depois dos inovadores efeitos especiais dos filmes de Hollywood, da televisão por cabo, da indústria dos computadores e da explosão dos telemóveis, as novas tecnologias criaram uma rede de comunicações por computador que tem vindo a fascinar o mundo.

"Interactivo" é uma das palavras-chave dos tempos que correm, juntamente com "convergência", "ciberespaço" e "futuro digital".

Em A Comunidade Virtual, Howard Rheingold regressa aos primórdios da comunicação mediada por computador, explicando-nos como era o terreno antes de as grandes companhias terem descoberto as suas potencialidades.

Depois, sendo ele próprio um participante activo deste tipo de comunicações, leva-nos numa viagem por computador ao Japão, à Inglaterra, à França e aos EUA, mostrando-nos como é, de facto, possível o estabelecimento de uma interacção humana profunda.

Contudo, o entusiasmo do autor por um futuro que aproximará os homens numa comunidade virtual é temperado por preocupações e avisos sobre os perigos que podem advir da má utilização das tecnologias disponíveis.


Ana Inês Queiroz


quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Um novo Magalhães (computador) na história de Portugal

Independentemente da polémica política, económica, ou social, que sempre atrai este tipo de iniciativas (uns porque a ideia não foi deles, outros por serem contra ideias e ainda outros por todas as ideias…) temos que considerar que a introdução, no sistema de ensino, do computador Magalhães é, possivelmente, uma das melhores formas de orientar, desde tenra idade, as nossas crianças para a via do conhecimento no futuro. Desta forma damos a possibilidade a todos os alunos de se equipararem, neste âmbito, indiferentemente do estrato social, no acesso à informação. Dotamo-los da ferramenta que os poderá conduzir a patamares que seriam, com toda a certeza, inacessíveis à grande maioria.

Não é propósito analisar a forma como o assunto foi resolvido, nem a prática utilizada, mas sim focar somente as consequências que esta medida poderá representar no futuro, a médio e a longo prazo, porque, a curto prazo, não teremos qualquer indicativo, atendendo ao ponto de partida do nosso desenvolvimento nesta matéria.

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

A Internet: linguagem interactiva e persuasiva

Grande parte dos avanços tecnológicos está no processo evolutivo da comunicação, conduzindo-se para uma maior democratização do saber e da informação.
A comunicação virtual introduz um conceito de descentralização da informação e do poder de comunicar. Todo computador, conectado à Internet, possui a capacidade de transmitir palavras, imagens e sons. Não se limita apenas aos donos de jornais e emissoras; qualquer pessoa pode construir um site na Internet, sobre qualquer assunto e
propagá-lo de maneira simples; daí o professor alertar que, na contemporaneidade, os produtores são os próprios utilizadores, ao contrário do que se verificava, em que tínhamos produtores e utilizadores.
Portanto, podemos considerar a existência de 3modelos. O primeiro modelo, o tipo ‘Um e Todos’, é representado pelos modernos meios de comunicação de massa, tendo um centro emissor e uma multiplicidade de receptores, no qual a mensagem é divulgada em um único sentido, sem interactividade entre as partes. O segundo dispositivo é o tipo ‘Um e Um’ que, embora proporcione uma interacção perfeita entre as partes, não possui a emergência do colectivo na transmissão da informação, como no caso do telefone. O espaço cibernético introduz o terceiro dispositivo, o ‘Todos e Todos’, no qual não há distinção entre emissores e receptores, pois todas as partes em contacto podem ocupar, concomitantemente, as duas posições, estabelecendo um novo tipo de interacção. Pode-se dizer que a Internet é um meio de comunicação que se enquadra no dispositivo “Todos e Todos”. Ela proporciona a interacção entre locutor e interlocutor, uma vez que, na rede, qualquer elemento adquire a possibilidade de interacção, havendo interconexões entre pessoas dos mais diferentes lugares do planeta, facilitando, portanto, o contacto entre elas, assim como a busca por opiniões e ideias convergentes.

CULTURA DA (DESA)PROXIMIDADE

O vocábulo proxémica (proxemics, na língua inglesa) foi criado pelo antropólogo Edward T. Hall, no ano de 1963, com o objectivo de descrever o espaço pessoal dos indivíduos num meio social. Este espaço pessoal foi definido com “o conjunto das observações e teorias referentes ao uso que o homem faz do espaço enquanto produto cultural específico”. Esta abordagem pretende descrever as distâncias entre as pessoas, consoante as suas interacções. As distâncias e as posturas estabelecidas não são intencionais mas são resultado do processo da aculturação.
Edward Hall relacionou a distância social entre os indivíduos e a distância física. Neste sentido identificou quatro tipologias de distâncias, a saber, a distância intima que envolve contacto físico entre os corpos e que na maior parte das culturas não é permitida em público; a distância pessoal que consiste na interacção com os amigos; a distância social que se refere ao intercâmbio comunicativo entre conhecidos e que por isso não se tocam e, finalmente, a distância pública que se utiliza para falar em público, por exemplo, numa palestra.
Segundo ao autor, as diferentes culturas mantêm padrões de espaço pessoal diferentes, estas distâncias pessoais também podem variar em função da situação social, do género e de preferência individuais.
A comunicação proxémica estuda o jogo das distâncias e proximidades que se estabelecem entre as pessoas e o espaço. Revelam-se de particular importância, nesta perspectiva, a distância espacial entre os comunicantes, a orientação do corpo e do rosto, a forma como se tocam ou se evitam e como posicionam os objectos permitindo assim captar-se mensagens latentes.

domingo, 6 de dezembro de 2009

que futuro?

Com a cimeira de Copenhaga à porta nos perguntamos: será que é desta que os nossos governos se vão dispor a mudar as leis do mercado?
Bem, primeiro tenho de defender os políticos que são injustamente culpabilizados pelas decisões que tomam quando são meros representantes da vontade maior de uma população, ou acham que se arriscavam a defender uma causa que fosse contra a maioria de um país? Claro que todos querem um ambiente melhor, é apenas uma questão de bom senso, agora ter de sacrificar alguma coisa por um ambiente melhor é que é uma questão e valores e respeito pelo bem comum, o que apesar de implicar bom senso não está nas prioridades de todos e portanto quando o assunto toca a pagar mais 1/4 por um maço de papel, ou mais 1/5 por uma camisola que reutiliza desperdícios, ou pagar mais 1/3 por um alimento de agricultura biológica (isto é apenas uma amostra) as pessoas torcem o nariz, mas então eu pergunto, mas afinal não defendem o clima? são capazes de sacrificar uma fracção dos bens de consumo que pretendem por uma causa maior?
A resposta está nas decisões políticas tomadas quanto a isso, ou seja muito pouco, tanto quando a maioria das pessoas está disposta a sacrificar por um tom menos vivo de verde nos jardins, ou umas chuvas mais frequentes, ou um período de verão algo mais extenso; será que é apenas isso que se conseguem vislumbrar atrás do chavão AQUECIMENTO GLOBAL? culpemo-nos a nós próprios, e mudemos de acções, mudemos de escolhas e mudemos o mundo, afinal tudo isto nos prova, agir local é pensar global.

Pedro Varela

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Interface – Comunicação, Saúde, Educação – Por um novo conceito de comunidade: redes sociais, comunidades pessoais, inteligência colectiva

Nos tempos que correm assiste-se, cada vez mais acentuadamente, a uma transformação do conceito de "comunidade" em "redes sociais". Esta mudança deve-se em grande parte à explosão das comunidades virtuais no ciberespaço, facto que acabou por gerar uma série de estudos não apenas sobre essa nova maneira de se fazer sociedade, mas igualmente sobre a estrutura dinâmica das redes de comunicação. No centro dessa transformação, conceitos como capital social, confiança e simpatia parcial são invocados para que possamos pensar as novas formas de associação que regulam a actividade humana na nossa época.

O texto defende a ideia de que, hoje, comunidade e liberdade são conceitos em conflito, ou seja, há um preço a pagar pelo privilégio de 'viver em comunidade'. O preço é pago em forma de liberdade, também chamada 'autonomia', 'direito à auto-afirmação' e à 'identidade'. Qualquer que seja a escolha ganha-se alguma coisa e perde-se outra.

Em suma, o texto foca essencialmente o aspecto das relações sociais tradicionais comparando-as com a constante transformação da sociedade, ou seja, da maneira como as comunidades virtuais estão a afectar o quotidiano e mesmo a identidade do indivíduo – “As comunidades virtuais estariam funcionando, portanto, como verdadeiros filtros humanos inteligentes.”-.

João Bordonhos

Tânia saraiva