Definições do termo Identidade:
- compreendendo aspectos de ordem objectiva, subjectiva, individual e social (Erikson)
- implicado na percepção da constante articulação entre permanência e mudança de princípios e propósitos apresentados pela pessoa (Drever)
- envolvendo características centrais de um indivíduo, as quais guardariam um compromisso com uma concepção de homem em constante e dinâmica construção (Rorty & Wong)
- relacionado com o desenvolvimento psicossocial do sujeito através da passagem por fases (Erikson)
- como consciência que todo o indivíduo tem de si mesmo, da sua origem, filiação, relações que estabelece, atributos físicos e psicológicos e factores capazes de diferenciarem de outros indivíduos (Kruger)
Kruger destaca 4 aspectos:
1º: pode ser apresentada como tendo a sua origem na apercepção de características pessoais e permite que este indivíduo alcance a crença de que seja diferente doutros em alguns aspectos;
2º: possibilidade que qualquer sujeito tem de distinguir, na sua auto-apresentação simbólica, a existência de diversas dimensões, isto é, das variadas formas de identidade por ele apresentadas ao se inserir em grupos, colectividades e processos sociais.
3: constitui-se com base em crenças autodescritivas e auto-avaliativas, as quais lhe conferem um carácter dinâmico que permite mudanças.
4: este sistema de crenças contribui para o desenvolvimento da personalidade e da conduta dos indivíduos.
O processo de socialização caracteriza-se como dinâmico, universal e contínuo, isto é, onde as pessoas se influenciam umas às outras e, consequentemente, são influenciadas a todo o momento, movimento que ocorre em toda e qualquer sociedade e acompanha o homem ao longo da sua vida.
De acordo com Pereira e Jesuíno, a socialização caracteriza-se em termos de aprendizagem de papéis sociais, os quais seriam definidos como o comportamento que é esperado, por outras pessoas, de um indivíduo que ocupa uma determinada posição social.
Assim, Dahrendorf situa o “homo sociologicus” como o homem portador de papéis sociais pré-formados, isto é, a pessoa vestindo diferentes “máscaras” no decorrer da sua vida.
A Psicologia Social estabeleceu uma divisão entre:
- identidade pessoal: dirige-se a características individuais;
- identidade social: compreende a condição do sujeito se perceber membro de um grupo, de modo a também incluir na sua configuração, a valorização e significância emocional desta pertença. Assim, é associada a grupos dos quais o indivíduo participa, assim como conjuntos de referência onde não houvesse a inclusão do mesmo.
texto de: Margarida Roque, Francisco Magalhães e Bernardo Marques
3 comentários:
a psicologia social tb tenta ( e nós tb tentamos) ultrapassar essa visão da identidade social e pessoal como dimensões que podem ser estudadas separadamente
Muito bom esse texto...identidade , quando eu me enchergo como alguem em determinado grupo , levantando subjetividades ...para toda vida
Qual ano da citação de Hollanda ?
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