Apesar da imensa discussão filosófica, o conceito de identidade numérica ou estrita, parece ser muito simples, como se pode verificar a partir da caracterização que habitualmente recebe: a identidade estrita é aquela relação que cada coisa tem consigo mesma e com mais nenhuma coisa. No entanto, para alguns filósofos, a ideia de uma relação com esta natureza é bastante problemática, se não mesmo incoerente.
As perguntas que podem ficar no ar: De que género de conceito se trata? É possível defini-lo, ou reduzi-lo a conceitos de algum modo mais básicos? Trata-se de um conceito primitivo, um ingrediente básico do nosso esquema conceptual? Quais são os princípios lógicos fundamentais que regulam a identidade estrita? A identidade é uma relação? Se sim, quais são os seus termos? É uma relação entre itens linguísticos, entre palavras ou símbolos? Ou é uma relação entre coisas ou entidades? Ou é uma relação entre coisas mas mediadas por palavras ou símbolos? É uma relação não contingente, a qual se estabelece invariavelmente com necessidades? Ou é uma relação contingente, a qual se poderia não ter estabelecido (apesar de se estabelecer de facto)? Como é que pode haver identidades verdadeiras e no entanto potencialmente informativas, como é por exemplo o caso da identidade do filósofo Cícero com o senador romano Túlio ou da identidade da água com o composto H20?
Em relação ao tema proposto: Identidade numérica, encontrei dois conceitos que resumem, embora com pouca precisão, a problemática da identidade. De acordo com esta dicotomia, existem dois tipos de identidade, uma numérica, a outra pessoal. A numérica refere-se à existência biológica de um indivíduo é objectiva e inequívoca. A identidade pessoal diz respeito a forma particular que cada um tem de ver o mundo, o que implica que, a cada identidade numérica corresponda, ao longo do tempo, a um número indeterminado de identidades pessoais. Isto é familiar e lógico para qualquer um já que, muitas vezes, quando pensamos em nós e no nosso temperamento conjugando-o no passado, parece que estamos a pensar numa outra pessoa, que conhecemos muito bem mas, não obstante, parece uma outra pessoa, diferente de nós, uma vez que os seres humanos estão em processos de mudança permanentes e constantes.
4 comentários:
vou publicar algumas fotos como esta que apontam para aquilo que é chamado de identidade numérica.
Alguém quer advinhar porque se apelida dessa forma?
Apesar da imensa discussão filosófica, o conceito de identidade numérica ou estrita, parece ser muito simples, como se pode verificar a partir da caracterização que habitualmente recebe: a identidade estrita é aquela relação que cada coisa tem consigo mesma e com mais nenhuma coisa. No entanto, para alguns filósofos, a ideia de uma relação com esta natureza é bastante problemática, se não mesmo incoerente.
As perguntas que podem ficar no ar:
De que género de conceito se trata?
É possível defini-lo, ou reduzi-lo a conceitos de algum modo mais básicos?
Trata-se de um conceito primitivo, um ingrediente básico do nosso esquema conceptual?
Quais são os princípios lógicos fundamentais que regulam a identidade estrita?
A identidade é uma relação? Se sim, quais são os seus termos?
É uma relação entre itens linguísticos, entre palavras ou símbolos?
Ou é uma relação entre coisas ou entidades?
Ou é uma relação entre coisas mas mediadas por palavras ou símbolos?
É uma relação não contingente, a qual se estabelece invariavelmente com necessidades? Ou é uma relação contingente, a qual se poderia não ter estabelecido (apesar de se estabelecer de facto)?
Como é que pode haver identidades verdadeiras e no entanto potencialmente informativas, como é por exemplo o caso da identidade do filósofo Cícero com o senador romano Túlio ou da identidade da água com o composto H20?
Em relação ao tema proposto: Identidade numérica, encontrei dois conceitos que resumem, embora com pouca precisão, a problemática da identidade. De acordo com esta dicotomia, existem dois tipos de identidade, uma numérica, a outra pessoal. A numérica refere-se à existência biológica de um indivíduo é objectiva e inequívoca. A identidade pessoal diz respeito a forma particular que cada um tem de ver o mundo, o que implica que, a cada identidade numérica corresponda, ao longo do tempo, a um número indeterminado de identidades pessoais. Isto é familiar e lógico para qualquer um já que, muitas vezes, quando pensamos em nós e no nosso temperamento conjugando-o no passado, parece que estamos a pensar numa outra pessoa, que conhecemos muito bem mas, não obstante, parece uma outra pessoa, diferente de nós, uma vez que os seres humanos estão em processos de mudança permanentes e constantes.
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