blogue da disciplina de Psicologia Social da FLUP

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Tendência sobre as Comunidades virtuais da perspectiva dos prosumers

• O desenvolvimento de tecnologias de comunicação e de informação, tais como a Internet, revolucionou as formas de comunicação de maneira jamais vista. Uma das principais evidências desse facto é que as pessoas se aproximam, formando grupos de relacionamento online conhecidos por comunidades virtuais. O artigo por nós escolhido, intitulado “ Tendências sobre as comunidades virtuais da perspectiva dos prosumers” tem como propósito identificar as tendências quanto ao futuro das comunidades virtuais a partir da perspectiva de um perfil de usuário específico - os prosumers. Para tal, foram realizadas combinações de diferentes técnicas qualitativas, envolvendo a utilização de imagens, entrevistas em profundidade, técnicas projectivas e, ainda, análise de cenários. Os resultados obtidos sugerem que as tendências de uso e participação das comunidades virtuais, do ponto de vista dos prosumers, estão vinculadas a cenários mais inovadores: de maior participação activa dos usuários, maior envolvimento das pessoas, adopção de novas tecnologias e formas de acesso, entre outros. Além disso, demonstram a importância da sua consideração dentro das políticas de marketing e a influência que terão no futuro sobre os consumidores e sobre o processo de prosumption.
• Este estudo, por vincular temas comunidades virtuais, prosumers e tecnologia, é passível de trazer informação útil para diferentes áreas do conhecimento, tais como sistemas de informação, sociologia e antropologia.
• Quanto à participação em comunidades virtuais, apesar da opinião dos prosumers e dos especialistas entrevistados apontar o aumento da utilização, é provável que algumas pessoas fiquem sem acesso a elas, mesmo por volta de 2012. Isso acontecerá sobretudo pelas dificuldades de acesso aos computadores de grande parte da população mundial, pelo seu custo ainda elevado, pelo nível educacional e intelectual exigido para a ligação À Internet e inserção nas comunidades virtuais e pelo tempo necessário para intervir em actividades no mundo virtual
Catarina Marisa Martins e Maria Francisca Mesquita

3 comentários:

Gonçalo Marques disse...

Parece-me ser dicotómica a forma como as novas tecnologias são vivenciadas pelos indivíduos. Se, por um lado, temos a população com acesso a estes instrumentos, que possibilitam a entrada num mundo completamente paralelo e de características acentuadamente diferentes ao do mundo real, por outro lado, surgem os indivíduos que não têm acesso a essa tecnologia e que, portanto, estão no outro extremo de não ter qualquer informação proveniente desse mundo. Falar em globalização da informação parece-me ser uma ideia que necessita de relativização. Tal como é aqui referido, em 2012 ainda haverá uma grande fatia da população sem acesso a estes meios, levanta-se a questão do surgimento de um novo tipo de exclusão social, ou pelo menos encarada num novo nível, nomeadamente o de nível informático, a dita info-exclusão.

Por outro lado, seria interessante tentar compreender em que medida aspectos como a identidade ou o self poderão ser diferentes, havendo ou não havendo a presença do mundo virtual como forma de socialização. Diria mesmo que seria relevante comparar diferentes gerações, no sentido de tentar perceber em que medida o mundo virtual tem acentuado a sua influência no processo de construção da identidade dos indivíduos. Penso que também não seria despropositado relacionar, com esta questão, a teoria do cultivo, tentando perceber se esta teoria é aplicável ao contexto da Internet, com as devidas adaptações e enquadramentos.

Sofia Cardoso e Catarina Martins disse...

Sim de facto as pessoas têm formado grupos de relacionamento online e cada vez mais o número de pessoas nesses grupos aumenta. Mas na minha opinião e ao contrário doque diz o artigo, em 2012 penso que já toda a gente (ou pelo menos a maioria) terá acesso a estas redes sociais. Porque hoje em dia quase toda a gente tem como aceder à internet nem que seja graças ao magalhães :D

Juan R disse...

Interesante articulo! Los invito a que visiten nuestro sitio tendencia social. Saludos!