blogue da disciplina de Psicologia Social da FLUP

domingo, 20 de dezembro de 2009

Cidade, homossexualidade e música electrónica: do urbano ao virtual

As novas tecnologias têm tido um impacto fortíssimo nas sociedades actuais. Esse desenvolvimento foi progressivo. Este impacto não tem sido só ao nível individual, mas também grupal. Como tal, "as novas relações sociais" são estabelecidas virtualmente.
Dados todos estes factores, as minorias, as populações que são mais descriminadas e postas de parte (e por conseguinte muitos obstáculos na sua sociabilidade e integração social), tendem a expandir-se por via das novas tecnologias, uma vez que não existe um contacto directo com a sociedade.
Casos concretos do mencionado são os homossexuais e as comunidades de música electrónica.
A procura de lugares de encontro e maior interacção social sempre foi uma característica da comunidade homossexual, com o surgimento do ciberespaço, e das cibercidades, o mesmo acontece: não havendo esses lugares de interacção, eles são criados.
Os laços estabelecidos no ciberespaço facilitam encontros específicos, que podem concretizar-se no espaço das cidades reais. São muitas as listas de discussão destinadas aos homossexuais e diversas outras multiplicidades sexuais.
Segundo o estudo que foi analisado e apresentado, a música electrónica tem sido considerada como uma cultura (nomeadamente nos últimos 5 anos) na medida em que faz a utilização das novas tecnologias com o objectivo de ter uma produção simbólica: da própria música electrónica e de tudo o que provém dela (a moda, produção de softs de e-music, sites, etc.)
Apesar de existir uma enorme tentativa de interacção e integração social, estas comunidades (e muitas outras) acabam, muitas vezes, por se fechar sobre si próprias.

Ana Catarina Rodrigues Correia

5 comentários:

Camila Farias disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Camila Farias disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Camila Farias disse...

No que diz respeito a "se fechar sobre si", acredito que a internet funciona, além de outras coisas, como um "armário" para o homossexual.

Livia disse...

Interessante esse pensamento que trouxeste, e acho que, usado da maneira certa, o meio virtual pode ser muito benéfico, o que não pode ocorrer é uma substituição por parte das pessoas do real pelo virtual. Acho triste e inquietante imaginar o quanto os comportamentos preconceituosos ainda existentes em nossa sociedade acabam levando alguns grupos de pessoas a se fecharem do mundo real.

Eu e um grupo de colegas temos também um blog sobre Psicologia Social, mais especificamente sobre Alteridade. Se tiver interesse, sinta-se à vontade para visitar: http://alteridadeentreoutros.blogspot.com

Mentiroso disse...

Mui ti bem visto. Só se esqueceu de lembrar que a homossexualidade é uma aberração da natureza. Assim sendo têm tanto direito a ser tratados com a mesma deferência que os outros seres em circunstâncias em que a nattreza desfavoreceu.
Existem realmente preconceitos que tendem em manter as aberrações erradamente marginalizados, mas por outro lado há erros de conhecimento, exagerados em quererem casá-los.